Situação:

Situada numa das extremidades da Rua Barão Viamonte (rua Direita de Leiria), contrapondo o Largo do Terreiro, mesmo no coração do centro histórico de Leiria, encontra-se a Sé Catedral de Leiria. Construída entre 1550 e 1574. É um dos grandes edifícios do Renascimento tardio português, caracterizada pela simplicidade das suas fachadas e pela elegância das proporções e pela luz dos espaços interiores. Sofreu alterações ao longo dos tempos, sendo parcialmente destruída devido ao terramoto de 1755 e ao incêndio provocado pelas tropas de Napoleão durante as invasões francesas em 1811, o que levou a algumas intervenções que lhe conferiram o seu aspeto robusto atual. Da fachada principal original restam apenas as 3 portas da entrada.

À sua volta existiu o antigo cemitério de Leiria, como era costume da época, que aí funcionou até meados do séc. XIX. Os largos das igrejas são usados como pontos de encontro e como referência geográfica na orientação dos habitantes, sendo um ponto estratégico na reabilitação do Centro histórico. O seu atual limite murado cria uma divisão no Largo, havendo apenas espaço para o trânsito automóvel, não permitindo tirar total proveito do potencial deste espaço. A aumentar este desajuste do limite da Sé, existe o facto de que a parte livre do Largo ser usada como estacionamento para automóveis, ferindo o caráter sagrado deste espaço.

Proposta:

Para resolver as condicionantes indicadas, propõe-se a criação de três patamares na frente da Sé, um novo desenho do limite murado na lateral, que tem frente para a rua Dom Sancho I, criando espaços de permanência livres de trânsito automóvel e a colocação de uma escultura no patamar intermédio. Serão utilizados ainda 3 elementos (vegetação, pedra, água) para a criação de diferentes atmosferas ao longo do espaço. Propõe-se que este espaço possa ser usado para espetáculos ao ar livre, como concertos de música erudita ou celebrações religiosas.

Em colaboração com o arquitecto João Alves